segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma ideia cinza...



Uma das definições de ideal, segundo o dicionário Houaiss é: ‘relativo a ideia; que só existe no pensamento’. Colocar-se a pensar é trazer à mente aquilo que lhe é próprio, ou seja, ideias. Delas o mundo está cheio e a minha cabeça não foge dessa afirmativa. Quando me pego pensando, decido não por limite naquilo que me vem à mente. Só penso. Só idealizo. Não importa o quão improváveis possam parecer as imagens que se formam ou quão desarranjadas são as músicas que ficam pairando em torno daquilo que  ainda é informe.
Não são planos, não são projetos. São apenas pensamentos que existem naquele momento passageiro. Passageiro se torna o momento e em passageiro eu me transformo ali, sentado, contemplando, vivendo e sonhando. Surge, de repente, o desenho do seu rosto, embaçado e cinzento, uma silhueta, nada mais. Logo se esvai. Consigo, você leva tudo o que havia de mais colorido, de mais engraçado e de mais amável em mim. O que restaram foram apenas cinzas cores deformadas pela sua ausência.
Não era esperada a sua presença, não agora. Uma surpresa maravilhosa, embora devastadora. Nada mais é como antes. Agora, tudo é condicionado por você. Sem querer, você roubou o que eu tinha de infinito e improvável. Tudo o que era música e ritmo, meu coração também ficou sem. Não posso conceber mais sem pensar em você. Não te tenho, mas você já me tem. Que fique claro, eu não entreguei meu coração, você foi quem o roubou e, sinceramente? Não espero que você o devolva.



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